terça-feira, 6 de maio de 2008

Um dado mais para reflectires.

O título da notícia em si mesmo nada significa de grave, não se desse o caso de se reportar a comportamentos que seriamente ameaçam a saúde e o bem-estar do próprio e dos outros. Por essa razão te chamamos a atenção para o facto.


em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1327826&idCanal=62
Inquérito é apresentado hoje
Um quarto dos portugueses nunca usou preservativo 
06.05.2008 - 08h56 Catarina Gomes
Um quarto dos portugueses nunca usou preservativo na vida, revelam dados do inquérito sobre comportamentos sexuais e a infecção HIV/sida em Portugal, que hoje é apresentado no Instituto de Ciências Sociais (ICS) de Lisboa. São também 38 por cento os que dizem não ter qualquer receio de contrair uma infecção ou doença transmitida por via sexual.

Embora a maioria da população (75 por cento) diga que usa ou usou no passado preservativo, há um conjunto de pessoas que nunca recorreu ao método. Neste grupo encontram-se sobretudo os menos escolarizados - mais de metade dos que dão esta resposta têm o 1.º ciclo do básico -, os mais velhos (a partir dos 45 anos) e os solteiros sem relacionamento (35,5 por cento). São também os que reportam prática religiosa mais frequente (mais de uma vez por semana) que mais dão a resposta de não utilização ao longo da vida (53 por cento).

O estudo tem como base 3643 inquéritos, feitos a indivíduos entre os 16 e os 65 anos, uma amostra representativa da população de Portugal continental. Foi levado a cabo por uma equipa do ICS, coordenada pelos investigadores Manuel Villaverde Cabral e Pedro Moura Ferreira, por encomenda da Coordenação Nacional para a Infecção HIV/sida. Mais de metade dos portugueses - 59,2 por cento - admitem que não usaram o preservativo na primeira relação com o parceiro mais recente, contra 40,7 por cento dos que afirmaram tê-lo usado. Mais de metade dos portugueses - 55,2 por cento - revelam que nunca fizeram teste para o HIV. 

Um dos grupos expostos à infecção são os profissionais de saúde. Para prevenir riscos de contágio foi ontem lançada em Lisboa a versão portuguesa das directrizes conjuntas sobre os serviços de saúde e a infecção HIV/sida, da Organização Internacional de Trabalho e Organização Mundial de Saúde. António Sousa Uva, especialista em Medicina do Trabalho, disse ontem que "a taxa de perfuração de luvas cirúrgicas é de 13 por cento". Isabel Caixeiro, representante da Ordem dos Médicos, nota que existe "falta de saúde ocupacional nos hospitais e centros de saúde". O coordenador nacional para a Infecção HIV/sida, Henrique Barros, afirma que "em Portugal não haverá, ao longo de 30 anos, meia dúzia de casos [de contágio de profissionais de saúde] inequivocamente atribuíveis ao HIV", os acidentes acontecem mas o contágio é evitado graças aos medicamentos tomados a seguir à exposição ao risco.

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